Finalmente, a viagem chegou! O roteiro? Não importa! Pode ser
América, Europa, Oceania ou Ásia. O fato é que, após horas de vôo,
chegar ao destino final já não representa um momento de prazer, eis que a
fadiga parece ser maior do que o normal. Não temos coragem para fazer
nada e a única preocupação é saber: será que estamos doentes? Será que
estamos acometidos de uma nova virose? Na verdade, esse mal tem um nome.
Alguns chamam genericamente de stress. Outros, de modo mais científico,
chamam de síndrome de mudança de fuso horário ou, simplesmente, Jet Lag.
O Jet Lag é uma condição fisiológica comum em pessoas que
realizam vôos transmeridionais (principalmente aquelas realizadas no
sentido oeste para leste), conseqüência de alterações no ritmo
circadiano (período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia
todo o ciclo biológico do corpo humano e de qualquer outro ser vivo,
influenciado pela luz solar) e que surge após longa viagem aérea,
manifestando-se pela alteração do ritmo do nosso corpo, ou melhor, pela
falta de sintonia entre o relógio biológico e o horário do destino
local.
Desse modo, a necessidade de sincronizar novamente o relógio
biológico acaba por estressar nosso organismo, que, geralmente, passa a
sentir os efeitos decorrentes do Jet Lag a partir da
transposição de fusos acima de 2 horas - Quanto maior a diferença de
horas, maior será a dificuldade e o tempo para nos adaptarmos!
Os desconfortos mais comuns decorrentes das alterações do ritmo do
corpo, seja nos planos físico, mental ou emocional, são: fadiga,
oscilação de humor, alterações gastrointestinais, transtornos
relacionados ao estado de sono-vigília (sonolência ou insônia),
irritação, dores de cabeça, diminuição do rendimento físico e mental.
Podem surgir ainda quadros agudos de diarréias, enjôos, taquicardias,
desorientação, perda de memória, labirintopatias, problemas de pressão,
etc. Os sintomas podem durar horas ou dias após a chegada - em média a
readaptação demora um dia para cada fuso mudado no sentido leste e um
dia e meio no sentido oeste. Portanto, não se desesperem porque isso
tudo é normal!
Não há fórmulas prontas para evitar os efeitos do Jet Lag. Mesmo assim, alguns cuidados podem ser adotados para atenuar os desconfortos, que, logicamente, variam de pessoa para pessoa.
Antes da viagem procurem
dormir bem na noite anterior a partida; evitem fazer refeições pesadas;
gradativamente, comecem a modificar a rotina (principalmente os
horários), procurem dormir e levantar-se mais cedo do que o habitual;
alimentem-se, se possível, nos dias que antecedem a viagem de acordo com
o fuso horário de destino; façam exercícios e caminhem no aeroporto e
evitem café, chá, bebidas gasosas e álcool.
Durante o vôo,
façam uma refeição leve e bebam bastante líquido; evitem consumir café,
bebidas gasosas e álcool; se viajarem a noite, procurem dormir pouco
para que haja sono no horário da noite local; não fiquem de pernas
cruzadas, façam exercícios de alongamento em suas poltronas,
especialmente para as pernas – caminhar pelo corredor ajuda bastante!
Na chegada ao destino tomem
um bom banho e hidratem-se bem; alimentem-se de acordo com o horário
local e ao despertarem, exponham-se à luz solar – isso ajudará a regular
seu relógio biológico. Se mesmo assim a síndrome continuar, o jeito é
se socorrer de medicamentos – consultem um médico antes da viagem e
peçam orientação!
Seguindo essas dicas, os sintomas decorrentes da mudança de fuso
horário desaparecerão rapidamente e vocês poderão ter uma excelente
viagem. Até mais!!
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